O trabalho de uma escola precisa, cada vez mais, ir além apenas do conteúdo técnico, das matérias e da interação professor e aluno em relação aos conhecimentos teóricos. O ambiente precisa valorizar outros elementos que sejam importantes para a sociedade em que cada criança e jovem está aprendendo a conviver.
Pensando nisso, um tópico fundamental é a questão das diversidades culturais em escolas bilíngues. O respeito e o entendimento de que todos somos diferentes, e todos temos um contexto cultural por trás de nossa origem, é essencial. Mesmo que, para uma criança, não seja tão simples entender o porquê destas diferenças, elas precisam se acostumar, desde cedo, a saber respeitar o que é diferente.
Por isso, é missão das escolas trabalharem esse tema. E, no caso das instituições bilíngues, isso é ainda mais importante. Afinal, se a proposta é introduzir um segundo idioma (o que já é uma diversidade cultural em um exemplo prático) e permitir aos jovens ter contato com outros elementos, vários deles culturais, é preciso ter isso muito claro.
A seguir, falaremos mais sobre esse assunto, mostrando algumas formas de trabalhar a questão das diversidades culturais em escolas bilíngues.
Inclua elementos já no planejamento pedagógico
Antes de entrarmos, especificamente, em formas práticas de trabalhar as diversidades culturais em escolas bilíngues, é importante citar que isso precisa ser pensado detalhadamente desde o planejamento pedagógico. Imagina-se que isso já seja tratado como prioridade, mas é importante falar.
Os professores não podem, simplesmente, criar suas próprias atividades para uma classe específica, em um contexto específico que não trabalhe a diversidade cultural. A instituição deve ter isso em seus princípios.
Desta forma, é possível produzir materiais específicos, comprar o que for necessário, ter um programa de aulas que permita aos alunos vivenciar as diversidades culturais em escolas bilíngues de forma estruturada e constante, não dependendo apenas de ações escolhidas pelos professores para determinados contextos.
Ou seja, o primeiro passo para trabalhar bem as diversidades culturais em escolas bilíngues é ter bem definido, no planejamento, como isso será feito, com a utilização de quais materiais e dinâmicas, além de com quais objetivos e metas.
Use a história como elemento central
A história é uma das principais ferramentas de trabalho para introdução das diversidades culturais nas escolas bilíngues. Afinal, é a história que conta origens, e que explica fatos e motivos que levam todos nós a sermos o que somos. Logo, essa é uma forma direta e essencial de trabalhar a diversidade cultural.
A escola bilíngue deve fornecer o máximo de informações possíveis. E não apenas sobre a história do idioma e da cultura trabalhados, prioritariamente, no local (em geral, o inglês). É importante expandir o conhecimento dos jovens, trazendo fatos, análises e conteúdos que os estimulem a ler, a falar e a entender culturas diferentes.
Essas aulas, portanto, devem ter objetivos não apenas teóricos, com um professor falando e os alunos ouvindo. Para haver uma imersão real dos alunos em uma nova cultura, gerando interesse pela diversidade, eles precisam estar ativos nas aulas, participando e buscando entender e saber mais.
Vamos falar mais sobre essas possibilidades de atividades e formatos de conteúdo, mas o passo fundamental é, portanto, fomentar o interesse e preparar boas aulas sobre história. Assim, as diversidades culturais nas escolas bilíngues entram em pauta.
Utilize elementos audiovisuais
Os elementos audiovisuais também têm papel importante no trabalho das diversidades culturais em escolas bilíngues. Não é segredo que os jovens se sentem confortáveis com produtos como vídeos e áudios, pois são algo que fazem parte de sua rotina desde muito pequenos.
É possível produzir conteúdos que tragam muitas informações e detalhes sobre a importância do respeito à diversidade, com exemplos práticos, atividades a partir destes elementos audiovisuais e outras práticas.
Novamente, entramos na questão de haver um planejamento prévio. Se a escola bilíngue já sabe como irá trabalhar a diversidade, em um planejamento estratégico feito previamente, é muito mais simples escolher os vídeos, os aplicativos e qualquer outro elemento audiovisual que seja utilizado nas aulas.
Recorra à gamificação
Quando falamos em inovação e novas práticas na escola, sempre esbarramos na gamificação. O uso da tecnologia para introduzir jogos na sala de aula, com objetivos pedagógicos e de interação entre alunos, é sempre uma possibilidade nos tempos atuais, com a evolução dos métodos de ensino e da tecnologia.
Não é diferente quando falamos em trabalhar as diversidades culturais em escolas bilíngues. Várias atividades com objetivos, caso dos jogos, podem ser utilizadas para estimular o debate e o conhecimento sobre o assunto.
Além disso, a gamificação também promove a interação entre diferentes alunos e, como vamos falar no próximo tópico, isso também é uma maneira interessante de explorar a diversidade cultural.
Estimule a conversa entre alunos
Para finalizar, falaremos sobre uma ação bastante importante: permitir que os próprios alunos percebam a diversidade entre eles.
Entre eles mesmos, os jovens podem entender elementos importantes da diversidade cultural. Eles devem ser estimulados, por meio de atividades pensadas previamente pela escola, a conversar e compreender as diferentes realidades.
Cada aluno, certamente, tem um contexto específico em sua casa. Uma ascendência diferente, uma forma de lidar com a música, com a maneira de lidar com os pais, e por aí vai.
Aqui, é importante manter um diálogo sempre de respeito. Não é um tópico simples, mas, se bem trabalhado, é o que leva todos a compreenderem o diferente, garantindo que as diversidades culturais em escolas bilíngues sejam bem-vistas pela geração de alunos que, no futuro, serão aqueles que manterão esses ideais em seus trabalhos e na vida adulta.
Estas são algumas formas de trabalhar as diversidades culturais em escolas bilíngues. Usando de sua premissa de falar sobre diferentes culturas e mergulhar em realidades diversas, as instituições que usam essa metodologia devem estimular seus alunos a tratarem do assunto, sejam por aulas, atividades, filmes, músicas, games ou qualquer outro meio.
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